A Câmara de Comércio de Moçambique(CCM), participou hoje na 5ª Conferência Internacional sobre importações China – África, um evento virtual organizado pelo International Commerce Bank da China (ICBC), uma entidade financeira do Grupo Standard Bank, com o objectivo de impulsionar as relações comerciais entre África e aquele país asiático, através da promoção das potencialidades dos países africanos para o mercado chinês.De Moçambique intervieram dois oradores, nomeadamente: Liu Xiaoguang, Adido Comercial da Embaixada da china em Moçambique, e Luís Magaço Júnior, Presidente do Conselho Fiscal da CCM. Nas suas intervenções, os dois dirigentes destacaram a importância das relações comerciais entre Moçambique e China e o contributo que estas prestam ao desenvolvimento económico de Moçambique. Reconheceram, contudo, o desequilíbrio no volume de exportações de Moçambique para a China, num momento em que a China vai assumindo o lugar de um dos principais parceiros comerciais do país.Para contrariar este cenário pouco favorável para os exportadores moçambicanos, Liu Xiaoguang manifestou a disponibilidade e preocupação da sua Embaixada de continuar a promover as relações comerciais, dando primazia às ligações empresariais entre os sectores privados dos dois países para o alcance de benefícios mútuos.Por seu turno, Luís Magaço, destacou as potencialidades de Moçambique na produção de culturas como o arroz, feijões, banana, macadâmia, vegetais, cana-de-açúcar, castanha de cajú, produção de ovos, e produtos pesqueiros como o camarão, lagosta, caranguejo e diversidade de mariscos que podem ser competitivos no mercado chinês. Destacou, igualmente, a riqueza em produtos minerais, como diamantes, rubis, grafite, ouro, magnésio e areias pesadas, que considerou poderem impulsionar a indústria e comércio entre Moçambique, China e diversos países africanos.Luís Magaço desafiou os participantes a investir em Moçambique, particularmente no uso e aproveitamento das terras férteis para o desenvolvimento da agricultura, e a aproveitarem as diversas oportunidades que a emergente indústria de petróleo e gás oferece. Magaço convidou o empresariado chinês a usar da posição geo-estratégica de Moçambique para a facilidade do acesso aos diversos mercados africanos, através dos seus portos e longa costa marítima que liga a diversos países do interland. Terminou enaltecendo o ambiente de negócios e a vontade política do Governo de Moçambique de promover investimentos, e a disponibilidade da CCM de servir de entidade de ligação, facilitadora do intercâmbio empresarial entre Moçambique e China.
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